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A Constituição Brasileira afirma que todos nós somos
iguais, inclusive com vários direitos que devem ser tratados como universais.
Entretanto, há temas, que quando ouço na mídia, chego
à conclusão que por mais parecidos que as pessoas sejam, elas são totalmente
diferentes, dependendo, principalmente, do volume que elas têm na carteira.
Essa diferença fica mais evidente ainda, quando o
tema em questão é a Saúde.
Exemplificando: Sempre aparecem notícias sobre a
recuperação da saúde do cantor Pedro Leonardo – que até o acidente era apenas
mais um Pedro dentre tantos. Lembro que quando ele recebeu alta, no início do
mês passado, várias pessoas se emocionaram; pois muitas acreditavam que ele não
sobreviveria. E “todos” ficaram surpreendidos que ele, após quase três meses
internado em um dos melhores hospitais da América Latina, o Sírio Libanês, saiu
sorrindo.
Lembremos:
No acidente de carro o cantor quebrou uma perna, teve hemorragia abdominal e
traumatismo craniano com edema grave, permanecendo em coma por vários dias.
O pai do
garoto, o cantor Leonardo, afirmou em entrevista, no dia da alta, que lembrando
de tudo o que passaram, foi um milagre o
seu filho ter sobrevivido.
Diante
tamanha felicidade daquela família, penso que, infelizmente, a mesma alegria de ver o filho vivo após um
grave acidente, não é usufruído pela maioria da população. Pois essa
maioria, quando sofre um grave acidente, não dispõe de uma conta recheada, e,
portanto, não dispõe dos melhores hospitais, dos melhores médicos e do que há
de melhor na tecnologia. Portanto, os
milagres ficam mais difíceis e a fé deve ser infinitamente maior.
Mas não
precisamos ir muito longe ou estar gravemente acometido por uma doença para
perceber que as verdinhas, ou melhor dizendo, as “garoupas” fazem bem para a saúde, e não é devido ao ômega 3.
Ao fazer
contato telefônico com uma clínica médica em Jaraguá do Sul e solicitar o
agendamento para uma consulta, a gentil atendente pergunta se é particular ou por plano. Ao responder
que é pelo SC Saúde, ela diz que para este
ano a agenda já está cheia. E ao ser questionada se a consulta fosse paga, ela
responde que há vaga, ainda, para o mês
de agosto.
Ou seja, nada que duas garoupas não resolvam o problema.
Ou seja, mais um exemplo que “somos iguais perante a lei”, ao menos no papel.
Usando a
mensagem estampada na camiseta do Pedro - o famoso -, no dia da alta, eu digo
também aos amigos iguais: “Nunca
desistam de pescar, pois um dia as garoupas podem aparecer e a sua saúde com
certeza irá melhorar”.
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