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Se
tem uma sugestão que sempre dou às pessoas é “leiam, sempre leiam”. Não importa
se é revista, jornal ou livro, o importante é ler.
Revista
ou jornal, “desatualizados” ou não, em suas leituras, em momentos diferentes, podem oferecer uma extração de mensagens
bastante diversificada. Assim, a leitura proporciona sempre uma releitura, um
ponto de vista diferente, passíveis de outras reflexões e argumentações.
Sempre
encontro esse material, que não seja do dia, da semana, ou até mesmo do
corrente mês, em salas de estar de escritórios e consultórios médicos.
Assim,
estava eu num desses lugares, com uma dessas fontes de informação, quando me deparei
com um sugestivo título “O país dos ricos de alma pobre”, da revista Veja, da
primeira semana de julho.
Embora
tivesse a sensação que de já tinha lido a referida entrevista, pus-me a lê-la
novamente.
O
entrevistado foi o autor de novelas da Rede Globo, João Emanuel Carneiro, e o
assunto foi a novela Avenida Brasil, de sua autoria.
De
tudo o que foi dito, extraí algo que chamou a atenção, e que ele procurou
ressaltar na referida novela. O autor afirmou que na sociedade atual as pessoas almejam a
riqueza, somente isso, deixando a cultura do lado de fora dos pedidos e
orações. E quando essas pessoas realmente ganham dinheiro, deixam precário o
lado cultural e também o escolar.
Explicita
que isso acontece, geralmente, com os jogadores de futebol, com cantores e
artistas, e qualquer pessoa que num dia adormece numa cama na periferia e
noutro dia acorda na área nobre da cidade, sem preocupações financeiras.
Também
convirjo para essa visão; pois, meus amigos, ganhar dinheiro é o desejo da
imensa maioria das pessoas. Não sonham em frequentar uma faculdade de qualidade;
não sonham em ir ver uma peça teatral, ou a uma ópera; não sonham em manter uma
qualidade de vida sã, com alimentação e hábitos saudáveis.
As
pessoas querem - principalmente a maioria dos jogadores de futebol, exemplo clássico dos
ignorantes que sabem fazer gols e ganham dinheiro para isso - é comprar carrões
esportivos, colocar um boné virado para trás, ostentar uma corrente chamativa
no pescoço, “pegar as minas” e dançar funk na comunidade. - Não é isso o que
aconteceu com o jogador Adriano e com muitos outros que passam nos telejornais
todos os dias?
Eles
dizem sim: ao dinheiro e ao poder de compra, às roupas de grife e jóias
caras...
Eles
dizem não: ao preenchimento cultural, à faculdade, à inteligência, à leitura de
livros...
E,
para piorar todo esse cenário, vemos uma legião de fãs enlouquecidos cortando e pintando o cabelo como eles,
vestindo-se como eles, falando errado como eles...
Sem
falar em outras classes de “pobres – famosos – ricos”...
imagem: http://entretenimento.r7.com/famosos-e-tv/fotos/veja-fotos-de-vera-fischer-internada-em-clinica-do-rio-20110728.html
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