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As vias de
circulação são abertas e recebem a infra-estrutura necessária através do uso do
dinheiro público, que eu e você pagamos através da arrecadação de impostos. Mas
esse é apenas o começo, pois continuamos pagando as incontáveis taxas para manter e recuperar todas
as “artérias” do município, estado e da união.
Entretanto, eis
que pelo mau gerenciamento desses recursos todos, disseram que não era possível
manter a qualidade e trafegabilidade. Nós, trouxas, acreditamos, ou ficamos
passivos, e dizemos “de nada” ao recebermos o comprovante que pagamos os
pedágios, criados para
manutenir essas vias. Inclusive pensamos, em nosso
íntimo, que é preferível pagar alguns reais a sofrer algum acidente pela má
conservação das estradas.
Ao saírmos
dessas estradas, chegamos aos centros das cidades, a exemplo de Jaraguá do Sul,
a ao estacionarmos, mesmo que por três minutos, como já aconteceu comigo,
devemos pagar outros reais para
estacionarmos em local público. O argumento utilizado: para garantir a rotatividade das
vagas.
Depois
desses dois absurdos que utilizam argumentos falhos para mascarar a falta de gerência de verbas e a incompetência no
planejamento urbano, agora estão querendo implantar, nos grandes centros, o
chamado pedágio urbano, como já
acontece em Londres e Roma, por exemplo. O argumento utilizado: reduzir congestionamentos e emissão de
poluentes.
A
referida ideia já está sendo discutida no estado de São Paulo e sua capital, e
a discussão também já chegou até Curitiba, capital paranaense. Nesta, conforme
uma previsão, o município arrecadaria aproximadamente 2 bilhões de reais em dez
anos.
Em Londres,
por exemplo, a taxa aproxima-se dos 25 reais por mês, que o motorista que se
locomove nas áreas delimitadas em determinados horários deve pagar. O que rende
aos cofres públicos da capital inglesa, cerca de 350 milhões de reais por ano.
Imagem: notícias R7.com
Ou
seja: estipulam uma tarifa para podermos transitar nas estradas federais,
estipulam um preço para podermos estacionar nos centros das cidades, e, agora, querem
estipular um preço para transitarmos nos centros das cidades. - Sem falar, é
claro, dos rodízios efetuados pela numeração das placas dos veículos, que já
ocorrem em algumas cidades.
Temos
outro agravante: incentivam a compra de veículos novos sabendo que muitas
regiões já estão saturadas deles, entulhando ainda mais as vias urbanas. E a
solução encontrada para a mobilidade, depois desse incentivo nas compras, é a
taxação cada vez maior.
Excesso
de veículos, aliada a falta de planejamento urbano, com a carência de projetos
e implantação de transporte público de qualidade e com tarifas reduzidas.
Planejamento viário visualizado para o futuro. Tudo isso parece não perturbar o
sono, ou até mesmo instigar a inteligência de quem está no comando das cidades, estados e desta
nação.
Infelizmente,
enquanto mentes centradas na solução dos problemas não aparecem, achem os seus
porquinhos, contem as suas moedas, pois vocês irão precisar.
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